Além de ampliar a base de estudantes, o Fundo de Financiamento Estudantil leva o apoio do poder público para fortalecer o setor e ampliar o acesso à educação.
Desde a virada do milênio, as faculdades e universidades particulares brasileiras contam com uma ferramenta estratégica para atrair alunos e ampliar o acesso à educação.
O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) tem sido uma das alternativas para muitos estudantes que buscam concluir o ensino superior. Mas como funciona o FIES e quais as vantagens do programa para instituições de ensino?
Nesse texto, vamos explorar os detalhes do FIES, seus requisitos para elegibilidade e como ele contribui tanto para a educação dos estudantes quanto para o progresso das universidades e faculdades privadas. Confira!
Na definição do próprio governo federal, o FIES é uma ação destinada a financiar a graduação de estudantes matriculados em cursos presenciais não gratuitos e com avaliação positiva nos processos de avaliação conduzidos pelo Ministério da Educação.
"O programa financia até 100% do valor dos encargos educacionais cobrados pelas instituições de ensino com adesão ao Fundo, de acordo com a renda familiar mensal bruta do estudante e do comprometimento dessa renda com o pagamento da mensalidade", informa o site oficial do programa.
Em 2024, foi lançado ainda o FIES Social, uma modalidade que visa ampliar o acesso à educação superior para os estudantes em situação de vulnerabilidade social. Em 2025, a iniciativa ficou disponível para cerca de 56.084 vagas do FIES, o que representa 50% do total disponível, para candidatos inscritos no Cadastro Único, com renda familiar per capita de até meio salário mínimo.
O programa do governo federal surgiu em 1999 com o nome de Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Tinha como objetivo substituir o Programa de Crédito Educativo (Creduc), que vigorava desde 1975. O objetivo era facilitar o acesso ao ensino superior, ampliando as oportunidades previstas pelo programa anterior.
Em 12 de julho de 2001, a Lei nº 10.260 reformou a iniciativa e deu origem ao Fundo de Financiamento Estudantil, o famoso FIES. O nome foi mantido ao longo das últimas duas décadas, assim como a estrutura básica de funcionamento – ainda que as condições, com o total máximo de parcelas, as taxas de juros e as regras para adesão, tenham sido ajustadas ao longo dos anos.
Ao longo destes anos, o FIES se consolidou como uma das principais ferramentas de democratização do ensino superior. Por outro lado, apoiou o setor privado na diversificação e ampliação da base de alunos, com base no estabelecimento de bases financeiras capazes de melhorar a gestão financeira das instituições pagas de ensino superior.
O FIES é destinado prioritariamente a estudantes que não tenham concluído o ensino superior e não tenham sido beneficiados pelo financiamento estudantil.
O aluno interessado em obter financiamento para o curso superior deve atender, preliminarmente, aos seguintes requisitos:
Existem situações em que os estudantes não estão habilitados a solicitar o benefício:
Desde que surgiu, o programa tem também por objetivo fortalecer o sistema privado de educação superior. De fato, para as universidades e faculdades pagas, o serviço gera grandes benefícios.
A partir de 1999, quando foi lançado o FIES, o total de alunos matriculados passou de 1,8 milhão de alunos para os atuais quase 10 milhões. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2000 e 2022, a proporção das pessoas com 25 anos ou mais de idade com nível superior completo cresceu 2,7 vezes, de 6,8% para 18,4%.
Esse fenômeno teve impacto direto sobre as instituições de ensino superior, que assim puderam alcançar uma parcela significativamente maior da população, em uma quantidade muito mais ampla de locais.
O financiamento da graduação representa um diferencial estratégico importante, já que as faculdades e universidades particulares contam não apenas com mais alunos, como também recebem garantias de que receberão os valores das mensalidades, mesmo nos casos dos alunos que vão seguir pagando um total de parcelas que ultrapassam o período de formação acadêmica.
Por outro lado, as instituições não podem cobrar mensalidades dos alunos do FIES e precisam ajustar o trabalho pedagógico para abraçar uma maior diversidade de estudantes.
A estabilidade financeira proporcionada pelo FIES para parte dos estudantes pode ser expandida para toda a base de alunos. Esta é a proposta do isaac, a maior plataforma de soluções financeiras para instituições de ensino, que em quatro anos de atividades já alcançou mais de 2 mil escolas parceiras.
O isaac garante que todas as mensalidades sejam pagas em dia, com total transparência – os casos de atraso são negociados dentro da própria plataforma, de maneira intuitiva para os estudantes e transparente para as instituições de ensino.
Com base na previsibilidade, a gestão financeira escolar é potencializada: uma instituição parceira do isaac recebe, em média, até 20% a mais, no dia do repasse, do que teria em caixa sem o suporte da plataforma. Assim, também amplia a capacidade de retenção.
De cada 100 jovens brasileiros, 85 têm como maior sonho entrar em uma faculdade. O dado consta de uma pesquisa do Semesp, entidade que representa as mantenedoras de ensino superior do Brasil.
O estudo indica que 80% pretendem ingressar em uma instituição de ensino superior no próximo ano, e mais da metade deles ainda no primeiro semestre (58%). Para 40%, a possibilidade de conseguir um emprego na área de atuação desejada é o principal motivo do ingresso às IES, seguido por mudança de vida, com 26%.
O setor é, de fato, alvo das famílias brasileiras, que enxergam, com razão, todo o potencial de crescimento pessoal, familiar, profissional e social de cursar ensino superior.
O FIES contribui para atender a essas demandas. E o isaac se propõe a apoiar as instituições de ensino na busca por estabilidade financeira e condições para ofertar a melhor qualidade de ensino possível.
Com o apoio do isaac, fica mais fácil planejar novas ações, estruturar expansões e trabalhar para ampliar a base de alunos, já que as equipes administrativas ficam livres desta demanda e podem focar em ações mais estratégicas.