São dois problemas diferentes, mas suas causas são semelhantes – e elas podem ser minimizadas quando se combina uma série de práticas educacionais eficazes
Quando um aluno deixa de comparecer à escola sem aviso prévio, em qualquer momento do ano letivo, ele está praticando abandono escolar. Por outro lado, quando ele finaliza um ano letivo e não se matricula em nenhuma instituição de ensino para o período seguinte, ele comete evasão escolar.
A diferença entre evasão e abandono escolar pode parecer sutil, ainda que o abandono denote uma situação de maior emergência – eventualmente, a evasão pode ter sido planejada com alguma antecedência. De qualquer maneira, são duas formas de um estudante deixar de frequentar os bancos escolares.
Nos dois casos, o que acontece é que um ciclo de aprendizagem se quebra em um momento crucial da formação dos jovens. O impacto para a vida, pessoal e profissional, é enorme e difícil de reverter.
De acordo com um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), entre os trabalhadores adultos, aqueles com ensino superior chegam a receber remunerações até quatro vezes mais altas do que aqueles que concluíram apenas o ensino médio. O acesso à renda abre portas para uma série de oportunidades, inclusive pessoais.
Por isso mesmo, é importante, para um gestor escolar, entender as motivações do abandono escolar, monitorar os casos e contribuir para minimizá-los. O uso de soluções financeiras escolares também pode contribuir, de diferentes formas.
Veja o que diz o Censo Escolar 2023
O Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação (MEC), apontou no mais recente Censo Escolar 2023 que a evasão escolar tem atingido níveis preocupantes, especialmente no ensino médio, que é fundamental para garantir o futuro da formação acadêmica e profissional dos jovens.
A evasão na educação básica chegou a 5,9%, mas há um diferencial importante quando se trata de gênero: a taxa de evasão entre estudantes do sexo masculino é de 7,3%, enquanto a do sexo feminino é de 4,5%.
O percentual varia por cenário: na educação rural, o percentual (5,9%) é maior do que na indígena (5,2%) e na quilombola (4,6%), o que reforça a necessidade de utilizar abordagens personalizadas para atender às demandas de cada contexto educacional.
Já de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada em março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual médio é semelhante: 5,4%.
Representa que quase 400 mil crianças e jovens de 6 a 14 anos não estavam frequentando a escola em 2023. É o equivalente à população de uma cidade do porte de Maringá (PR).
A Pnad aponta que a saída dos estudantes da escola tem como principais motivos a necessidade de trabalhar, a falta de interesse em estudar e a gravidez.
Outras causas incluem:
- Necessidade de cumprir com afazeres domésticos;
- Falta de escola ou vaga na localidade;
- Problemas de saúde;
- Falta de apoio emocional ou suporte familiar;
- Bullying e preconceito escolar;
- Problemas com drogas;
- Dificuldades de aprendizado ou reprovações;
- Currículo escolar desinteressante ou descontextualizado.
Ou seja: são motivações variadas, a maior parte provocada em ambientes externos à escola – mas não todas. As dificuldades de aprendizado, o desinteresse pelo currículo e o bullying são questões para as quais os gestores escolares precisam ficar atentos.
Melhorar o relacionamento com os alunos, por exemplo, pode proporcionar uma série de benefícios, incluindo um ambiente de aprendizado positivo, o aumento da capacidade de fornecer apoio emocional, a melhoria do rendimento escolar e ganhos para a autoestima dos alunos.
O nível de endividamento das famílias brasileiras ainda é alto. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em março deste ano, 78,1% das famílias afirmaram ter dívidas a vencer. Além disso, 28,6% do total lida com contas que já venceram e não foram pagas.
A dificuldade em honrar os compromissos financeiros com uma escola pode motivar os responsáveis financeiros por levar um estudante a abandonar a instituição – ainda que seja em busca de alternativas de menor custo, ou mesmo o ensino público.
Para uma instituição de ensino privada, perder alunos por inadimplência representa um risco para a sustentabilidade financeira no longo prazo. Um desafio que pode ser contornado, de forma a oferecer acolhimento em situações difíceis, além de alternativas para lidar com o problema.
Maior plataforma de soluções financeiras feita para escolas, o isaac leva eficiência para a gestão financeira de seus parceiros. Aplicando tecnologia e atendimento humanizado, a empresa disponibiliza para as famílias atendimento personalizado, que pode provocar um impacto positivo na redução da evasão e do abandono.
O apoio aos responsáveis financeiros pode acontecer de forma preventiva, com apoio da plataforma meu isaac, que, de um lado facilita o acesso a diferentes alternativas para fazer o pagamento das mensalidades – e, de outro, fornece aos gestores acesso a relatórios e visão analítica detalhada do financeiro.
Dessa forma, os familiares encontram formas de negociar pendências e evitar que a situação de inadimplência se torne uma bola de neve sem controle. O time de apoio isaac está sempre à disposição para ajudar os responsáveis financeiros, solucionando dúvidas e oferecendo condições especiais de pagamento e parcelamento.
Por outro lado, os gestores dedicam menos tempo à rotina de atendimento aos atrasados, de forma que podem se ocupar com ações estratégicas e preventivas. Dessa forma, podem dedicar uma atenção especial a casos de possível abandono e evasão.
Com o suporte do isaac, de 1.600 escolas parceiras em todo o país, que atendem mais de 650 mil alunos em todo território nacional, já contaram com R$ 4 bilhões garantidos às escolas em dia, o que levou a um aumento de 9% no número de alunos matriculados.
Desta forma, o isaac apoia o setor educacional, com soluções que têm impacto direto para a qualidade da formação da nova geração. Afinal, cada jovem que é mantido na escola representa uma conquista.