Usamos cookies para personalizar e melhorar a sua experiência.
Para saber mais, consulte a nossa Política de cookies.
A evasão escolar, quando o aluno deixa de frequentar as aulas durante o ano letivo, é um dos maiores desafios educacionais. Saiba como a escola pode evitar isso
Evasão escolar é quando o aluno deixa de frequentar a sala de aula durante o ano letivo. Infelizmente, abandonar a escola é um dos maiores desafios educacionais do Brasil, que traz consequências para as crianças e os adolescentes, para a instituição de ensino e, até mesmo, para toda a sociedade.
No país, apesar de ocorrer em toda a educação básica, a prática é mais recorrente no ensino médio. Dados da PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, realizada pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mostram que, em 2019, 7% da população entre 15 e 17 anos estava fora da escola.
Entender o que tem motivado esse cenário é fundamental para conseguir garantir a permanência dos alunos nas instituições de ensino. E, ao compreender todo esse processo, a gestão escolar pode atuar de maneira mais efetiva para combater a evasão.
A evasão escolar no Brasil tem motivos diferentes em cada faixa etária da educação básica.
No ensino fundamental, alguns indicadores revelam que os principais fatores que levam ao abandono das aulas são a distância da casa do aluno até a unidade de ensino, associada à dificuldade de acesso ao transporte escolar ou, então, da ausência de ter algum responsável por levar e buscar a criança.
Já no ensino médio, o que tem contribuído para elevar os índices do abandono escolar é a falta de interesse pelo conteúdo, que é apontado por estudantes, até mesmo por professores, como muito extenso e descontextualizado.
De acordo com um estudo do Observatório da Educação, uma plataforma do Instituto Unibanco, propostas pedagógicas que deixam de incluir a perspectiva de grupos que, historicamente tem sido excluídos na sociedade, também aumentam a evasão de alunos com deficiência, negros e LGBTQIAP+.
Ainda entre os adolescentes, gravidez e necessidade de geração de renda também são fatores que refletem nos números de infrequência escolar.
Infelizmente, a desigualdade social também atinge o setor da Educação. Para ajudar as famílias, muitos alunos entram no mercado de trabalho antes mesmo de concluir o ensino básico.
Outro dado triste, porém real, é que muitos responsáveis também se veem obrigados a exigir que os filhos trabalhem e deixem de frequentar as salas de aula, como uma medida necessária para aumentar a renda familiar.
Há também adolescentes que, em busca de autonomia financeira, conquistam empregos, mas com a rotina intensa, acabam priorizando o trabalho e abandonando os estudos.
É por meio do processo de ensino e aprendizagem, da convivência com os educadores e com seus pares, que o estudante passa a ter habilidades cognitivas, físicas e emocionais para se tornar um agente social, além de estabelecer vínculos importantes para sua formação.
Dá para imaginar o quanto a evasão escolar é prejudicial na vida de uma criança e de um adolescente, não é mesmo?
Baixa autoestima e dificuldades nas relações pessoais são alguns dos prejuízos para os alunos que deixam de frequentar o ambiente escolar. Sem terminar os estudos, entrar no mercado de trabalho fica ainda mais desafiador.
Sem qualificação, esses futuros adultos acabam ocupando cargos informais, com remuneração baixa, muitas vezes em situações precarizadas, acentuando cada vez mais a desigualdade social, que já é tão forte em nosso país.
Já deu para perceber que reter alunos, além de ser importante para a própria saúde financeira da instituição, tem impactos ainda mais profundos, não é mesmo? Aqui você, gestor, pode acessar um guia prático, com 7 dicas para reter alunos.
A professora Débora Garofalo, primeira mulher brasileira e primeira sul-americana a ser finalista no Global Teacher Prize, considerado o Nobel da Educação, é um belo exemplo de como a Educação pode ser transformadora.
Projetos pedagógicos inovadores, que estimulem os alunos e proporcionem um processo de ensino e aprendizagem significativos, podem fazer toda a diferença e, inclusive, reduzir as taxas de abandono escolar.
O projeto de robótica com sucata, que a educadora desenvolveu em 2015 na rede estadual de ensino de São Paulo (SP), fez com que houvesse uma redução de 93% na evasão escolar, além de retirar mais de uma tonelada de lixo das ruas. Conheça mais sobre o projeto da educadora neste vídeo.
São histórias assim que servem de inspiração e mostram como o desenvolvimento de um plano de ação de combate à evasão escolar pode ser fundamental para aumentar a permanência dos alunos nas instituições de ensino.
Por isso, a gestão escolar tem um papel fundamental para contribuir com o país no enfrentamento desse cenário. Elaborar estratégias para combater a evasão escolar é de muita relevância para toda a sociedade.
Para ajudar você, gestor, nessa jornada tão importante, separamos algumas dicas. Confira.
Nem sempre é fácil saber se a escola está sendo insuficiente em algum ponto, não é mesmo?
Por isso, uma pesquisa de satisfação, que tem o objetivo de avaliar o quanto as famílias estão contentes com a instituição de ensino e, também, identificar os pontos que precisam ser melhorados, pode ser uma ótima alternativa para realizar na sua escola.
Entender o que os responsáveis pelos alunos gostam e as demandas que eles têm podem ser fundamentais na retenção de alunos. Inclusive, são informações relevantes até mesmo para o sucesso da campanha de rematrícula.
Lembra que a falta de interesse pelos conteúdos é um dos motivos da evasão escolar? Por isso, é preciso fazer algumas reflexões sobre o projeto pedagógico.
Os estudantes estão motivados? O aprendizado tem sido significativo para eles? As aulas estão dinâmicas? E como tem sido o processo de acompanhamento dos alunos que têm mais dificuldade?
O gestor escolar e a equipe pedagógica devem encontrar maneiras para descobrir as respostas para essas perguntas. Que tal ouvir o que os próprios estudantes pensam sobre isso?
Aproveite para proporcionar às crianças e adolescentes mais atividades ao ar livre, ampliar o contato com a natureza, debater filmes, realizar peças teatrais e incentivar os jogos pedagógicos. Tudo isso pode motivar os estudos!
Um currículo escolar inovador também é recomendado no plano de ação de combate à evasão escolar.
O avanço da tecnologia, que passou a ser ainda mais incorporada nas salas de aula devido à pandemia da Covid-19, ajuda bastante na hora de oferecer novas possibilidades aos alunos.
Algumas ideias que, geralmente, são bem aceitas pelos estudantes é a implementação da cultura maker, aulas de empreendedorismo e de educação financeira. Aproveite se inspirar em 4 atividades de cultura maker para aplicar em sala de aula.
Conteúdo que a gente acha que pode gostar:
Captação de alunos: o que a escola pode fazer para ser um sucesso?