Considerações feitas pelo consultor educacional Maurício Berbel fornecem insights valiosos para orientar estratégias eficazes para o próximo ano
À medida que o ano letivo de 2023 chega ao fim, educadores e gestores escolares direcionam seus olhares para uma análise dos desafios enfrentados e das conquistas alcançadas, preparando-se para moldar um futuro mais promissor em 2024.
Em uma entrevista ao isaac, Maurício Berbel, consultor da Alabama Consultoria Educacional, compartilhou suas percepções sobre as mudanças significativas na educação no decorrer de 2023, os principais desafios enfrentados e as reflexões que podem guiar o planejamento educacional para o próximo ano.
O ano de 2023 continuou a ser marcado pelos desafios decorrentes da pandemia, com impactos na aprendizagem dos alunos. Berbel destaca a persistência de defasagens educacionais, especialmente entre as crianças que enfrentaram dificuldades durante os períodos de ensino remoto.
Além disso, afirma, a questão socioemocional emergiu de maneira significativa, com famílias expressando níveis elevados de ansiedade e preocupação em relação ao desempenho acadêmico dos filhos.
Por isso, o consultor educacional salienta a necessidade de estratégias eficazes para fechar as lacunas educacionais abertas no passado recente.
Ao mesmo tempo, Berbel destaca que a pandemia impulsionou as escolas a evoluírem em termos de integração de tecnologia, permitindo a individualização do trabalho pedagógico.
Essa abordagem possibilitou um suporte mais específico para alunos com dificuldades, destacando a capacidade das escolas de se adaptarem e inovarem em resposta aos desafios apresentados.
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Berbel também destaca a violência nas escolas como sendo um desafio enfrentado pela educação em 2023. Segundo ele, episódios de invasões e violência, muitas vezes praticados por ex-alunos ou estudantes da própria escola, impactaram profundamente a comunidade escolar.
O consultor destaca a necessidade de lidar com essas situações, reconhecendo que a violência contra professores e estudantes afeta e muito o ambiente escolar.
Segundo Berbel, o longo período de afastamento das salas de aula durante a pandemia agravou esses problemas, resultando em um aumento de casos de depressão entre os alunos e em incidentes de agressão.
Um dos pontos-chave defendido pelo consultor educacional para as escolas que estão fazendo o planejamento de 2024 é a necessidade de incluir a comunicação não violenta e a gestão de conflitos neste processo.
“São temas fundamentais para um coordenador pedagógico, diretor escolar introduzir no trabalho de planejamento, de formação continuada da equipe. Acredito que os professores, cada vez mais, estão sendo desafiados a lidar com conflitos mais complexos, seja professor com pai de aluno, entre alunos, entre professores também, por divergência de opiniões, pela polarização política, a habilidade de lidar com divergências de opiniões torna-se fundamental” enfatiza.
Berbel ressalta a importância de integrar aspectos socioemocionais no planejamento pedagógico, destacando que a clareza na comunicação e a escolha de palavras são igualmente essenciais.
Ele também enfatiza a necessidade de os educadores estarem atentos ao contexto socioemocional dos alunos, interrompendo momentos de conflito para direcionar a atenção para o bem-estar emocional.
O planejamento pedagógico, segundo ele, deve ir além da simples execução de conteúdo, orientando e capacitando os professores para atuarem como mediadores de conflitos e comunicadores eficazes.
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Quando questionado sobre estratégias específicas para melhorar o desempenho acadêmico e o ambiente escolar no ano letivo de 2024, o especialista destaca a importância da coerência pedagógica.
Ele observa que, muitas vezes, escolas enfrentam desafios ao escolherem sistemas de ensino que não estão alinhados com os valores e princípios da instituição. Destaca que não se trata de buscar um sistema mais rigoroso para compensar a falta percebida, mas sim de encontrar uma sintonia entre os valores da escola e o método educacional escolhido.
Berbel alerta contra soluções paliativas, incentivando uma revisão mais detalhada do projeto político-pedagógico para uma atualização mais alinhada com as necessidades atuais.
O consultor adverte sobre a escolha inadequada de sistemas de ensino que podem comprometer a abordagem humanizada e afetiva que algumas escolas buscam.
Ele destaca que o caminho para melhorar o desempenho acadêmico não reside apenas em projetos ambiciosos, materiais extensos ou cargas horárias sobrecarregadas, mas sim na coesão com a proposta pedagógica da instituição.
Por isso, sugere às escolas a reconhecerem as necessidades e buscarem atualizações em seus projetos, evitando soluções superficiais.
Ao considerar essas reflexões, as escolas estão melhor posicionadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que o ano letivo de 2024 apresentará, promovendo um ambiente educacional mais saudável, colaborativo e centrado no desenvolvimento integral dos alunos.
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