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Estruturas das escolas de educação básica no Brasil

O Censo Escolar 2023 traz uma visão geral sobre as estruturas das escolas de educação básica no país; confira!

Publicado em
8/3/2024
05min
💡 Dica: se a palavra estiver azul, ela é clicável e te leva ao link com mais detalhes!

O Censo Escolar 2023, divulgado no final do mês de fevereiro pelo Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), traz uma visão geral sobre o cenário educacional brasileiro. Entre os dados, há informações valiosas sobre as estruturas das escolas da educação básica, que desempenham um papel fundamental na formação e desenvolvimento dos estudantes.

Segundo o levantamento, o Brasil contava, no ano passado, com 178.476 escolas de educação básica. A rede municipal corresponde por aproximadamente dois terços desse total (59,8%), seguida da rede privada (23,3%).

Do total de instituições de ensino da educação básica, 113.763 oferecem educação infantil (76.648 de creche e 99.796 de pré‐escola), enquanto o ensino fundamental está presente em 121.350 (103.785 de anos iniciais e 61.806 de anos finais) escolas e o ensino médio em 29.754 unidades.

Conheça agora as estruturas das escolas, de acordo com cada segmento!

 

Estruturas das escolas na Educação Infantil

A educação infantil representa o início da jornada educacional para as crianças. Em 2023, de acordo com o Censo Escolar, cerca de 113.763 escolas em todo o Brasil ofereciam educação infantil, sendo 99.796 pré-escola e 76.648 creches.

Nos últimos cinco anos, houve uma queda de 2,5% no número de escolas que oferecem pré-escola, enquanto as que oferecem creches registraram um aumento de 9,7% em relação a 2021.

Em relação às estruturas das escolas, há uma disparidade entre as redes de ensino público e privado na infraestrutura tecnológica.

Na rede particular, a internet está presente em 98,6% das escolas, enquanto na rede municipal, esse número cai para 85,1%. Além disso, a presença de internet banda larga é maior nas escolas particulares, alcançando 89,9%, em comparação com 70,5% nas escolas municipais.

As diferenças persistem mesmo em aspectos administrativos, com 96,2% das escolas privadas tendo internet para uso administrativo, enquanto nas escolas municipais, o percentual é de 80,9%.

Na infraestrutura física, apenas 46,6% das escolas municipais de educação infantil possuem banheiros adequados, enquanto nas escolas particulares esse número atinge 84,8%.

Quando se trata de recursos pedagógicos e socioculturais, mais uma vez, as escolas privadas lideram. Elas têm uma proporção significativamente maior de brinquedos educativos, jogos educativos e materiais para atividades culturais e artísticas, com 93,0%, 90,8% e 65,4%, respectivamente. Enquanto isso, nas escolas municipais, esses números são mais modestos, com 65,9%, 79,5% e 31,9%.

As discrepâncias continuam na disponibilidade de espaços de recreação, como parques infantis e pátios escolares, onde as escolas privadas continuam superando as municipais.

Ensino fundamental: um panorama tecnológico

O ensino fundamental é uma etapa crucial na jornada educacional das crianças e adolescentes, sendo ofertado em 121.350 escolas em todo o país, segundo o Censo Escolar 2023.

Dentre essas instituições, 103.785 atendem os anos iniciais, enquanto 61.806 lidam com os anos finais. Embora o número de escolas que oferecem os anos finais tenha se mantido estável nos últimos cinco anos, conforme mostra a pesquisa, observa-se uma redução gradual na oferta dos anos iniciais, com uma queda de 1,5% em relação ao último ano, totalizando 1.575 escolas a menos.

A rede municipal é a principal responsável pela oferta do ensino fundamental, abrangendo 68,3% das escolas nos anos iniciais e 47,0% nos anos finais. No entanto, apesar de possuir o maior número de escolas, a rede municipal é a que menos dispõe de recursos tecnológicos, como lousa digital, projetor multimídia, computador de mesa ou portátil, e internet disponível para uso dos alunos, com apenas 36,7% de cobertura.

As disparidades das estruturas das escolas também são evidentes quando se trata de acesso à internet banda larga. Estados como Acre, Amazonas, Roraima, Amapá, Pará e Maranhão enfrentam uma cobertura inferior a 60%.

Essa realidade é ainda mais acentuada quando se considera a análise por região, com o Norte do país demonstrando percentuais abaixo de 50% em oito dos dez quesitos tecnológicos analisados. 

No entanto, apesar das desigualdades, o Brasil apresenta, de maneira geral, um elevado percentual de acesso à internet nas escolas de ensino fundamental. Regiões como Sul, Sudeste e Centro-Oeste lideram em recursos tecnológicos, com destaque para a presença de computadores de mesa, portáteis e tablets para os alunos.

Conheça as estruturas das escolas de Ensino Médio no Brasil

Em 2023, o ensino médio foi ofertado por um total de 29.754 escolas em todo o país. Nos últimos anos, o levantamento apontou um crescimento gradual no número de escolas tanto das redes públicas quanto privadas que oferecem essa etapa educacional. No período de 2019 a 2023, esse crescimento alcançou 3,1%.

A rede estadual se destaca como a principal provedora de ensino médio, oferecendo 67,8% do total de escolas, seguida pela rede privada, com 29,4%.

Quanto às estruturas das escolas, os recursos tecnológicos das instituições de ensino médio apresentam uma disponibilidade superior em relação às do ensino fundamental.

Na rede estadual, que concentra a maioria das escolas de ensino médio, 86,6% das unidades contam com acesso à internet banda larga. Além disso, 63,1% delas oferecem computadores para alunos e 26,9% disponibilizam tablets.

O acesso à internet e à internet banda larga é mais amplo no ensino médio do que no fundamental, especialmente nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, com percentuais de 97,0%, 89,4% e 88,9%, respectivamente.

No entanto, no Sul do país, a disponibilidade de internet banda larga é menor, alcançando apenas 77,2% das escolas. A região Sudeste lidera em termos de disponibilidade de tablets para alunos, presentes em 34,1% das escolas, enquanto a região Sul é líder na presença de computadores de mesa (87,9%) e computadores portáteis para alunos (76,6%).

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