Muitos estudantes estão com dificuldades no aprendizado desde o retorno das aulas presenciais. Mas um ambiente escolar acolhedor pode fazer a diferença. Confira!
Além do aumento de casos de depressão e ansiedade entre os estudantes, o retorno das aulas presenciais também revelou uma outra grande preocupação: a defasagem escolar. No momento, recuperar o aprendizado do aluno é um dos principais desafios das escolas.
Para a maioria das crianças e adolescentes, foram dois anos em que o ensino foi apenas remoto. Apesar dos inúmeros esforços dos professores, muitos sentiram dificuldade em acompanhar o processo de ensino neste período.
E há ainda as crianças que não tinham acesso à tecnologia, antes mesmo da chegada do coronavírus. Infelizmente, esse grupo que é composto por um número maior de crianças pobres e pretas, não teve nem mesmo acesso à Educação básica.
Diante de tantas lacunas, muitos educadores se questionam sobre como recuperar o aprendizado desses alunos. Um bom começo pode ser preparar um ambiente escolar acolhedor para essas crianças e adolescentes.
Saiba a importância dessa ação e como colocá-la em prática na sua escola pode ser mais simples do que parece.
O dia a dia dentro das instituições de ensino, desde a retomada das aulas presenciais, tem deixado bastante claro como a pandemia afetou o aprendizado, não é mesmo?
Assim como você, nós sabemos que os alunos estão apresentando muitas dificuldades no aprendizado. Porém, neste momento, pode ser mais importante focar em preparar um ambiente escolar acolhedor do que se preocupar em correr atrás dos conteúdos.
E o desenvolvimento desse acolhimento pode ser desenvolvido por etapas: avaliação diagnóstica, ambientação e socialização. Confira o que significa cada uma delas:
Algo que passou a ser bastante comum após a pandemia foi a diferença do conhecimento adquirido em uma única turma.
Em uma mesma sala do ensino fundamental 1, por exemplo, é possível encontrar crianças já alfabetizadas, enquanto outras começam agora o processo de leitura e há aquelas que ainda não reconhecem as letras.
E como recuperar o aprendizado de uma sala de aula tão diversa assim? O primeiro passo é preparar uma avaliação diagnóstica ou atividades diagnósticas. Assim, o educador consegue avaliar o nível de aprendizado de cada aluno.
Esse olhar individualizado para o estudante que apresenta uma defasagem é a chave para impulsionar o aprendizado depois da pandemia.
Há várias maneiras de realizar uma avaliação diagnóstica. Para os alunos maiores, promover um debate ou uma redação são boas alternativas.
Na Educação Infantil é recomendado em atividades mais lúdicas, como os jogos educativos, que dão pistas sobre noções de lógica e autonomia, por exemplo; e brincadeiras com música e ginástica, que mostram o sincronismo e a consciência corporal.
Nas primeiras semanas de aula, na hora de planejar atividades de recepção para os alunos, garanta que eles conheçam o espaço onde vão passar a maior parte do dia. O que acha de mostrar toda a estrutura da instituição de ensino, mesmo para quem já era estudante?
É uma maneira bem legal para as crianças e adolescentes se familiarizarem com todos os ambientes da escola, além de conhecerem todos os colaboradores e as atividades que eles desempenham. Assim, já facilita até mesmo para a criação de vínculos.
Depois de dois anos estudando em casa, em que a única companhia diária era a própria família, voltar a conviver com os amigos em sala de aula nem sempre é algo tão fácil assim.
E neste momento desafiador, um dos papéis da escola, é ajudar as crianças a conviverem em harmonia e respeitarem as diferenças. Por isso, é um bom momento para colocar em prática algumas atividades que tenham o objetivo de promover a socialização.
Uma sugestão é formar duplas, de preferência de crianças que não se conheçam, e incentivá-las a fazerem perguntas para conhecer mais o outro aluno, como idade, nome, bairro onde mora, uma viagem preferida, filme que mais gosta etc.
Para quem sonha em transformar a Educação, uma reflexão que tem sido bastante constante no ano letivo de 2022 é como melhorar o aprendizado na escola, concorda?
A resposta para esse questionamento pode estar na implantação da cultura maker, sabia? Essa prática pedagógica incentiva que os alunos coloquem a mão na massa, literalmente, resolvam problemas e possam ser protagonistas do próprio processo de ensino e aprendizagem. Confira 4 sugestões de atividades de cultura maker para aplicar em sala de aula.
Em um momento em que muitos estudantes estão com dificuldade para assimilar o conteúdo, pode ser uma boa ideia trazer atividades divertidas, dinâmicas e educativas.
Certamente, eles vão se sentir mais motivados e engajados para os estudos. E despertar esse interesse em aprender é super necessário até mesmo para evitar a evasão escolar. Para isso, vale a pena buscar algumas inspirações para motivar os alunos, e até mesmo os professores.
Uma instituição de ensino que tem estudantes motivados e que conseguiu recuperar o aprendizado do aluno após a pandemia, tem mais facilidade na hora de promover campanhas de captação e retenção de alunos.
Como já falamos por aqui, além de provocar uma grande defasagem escolar, a pandemia da Covid-19 também abalou emocionalmente os alunos, deixando-os mais ansiosos e depressivos.
E esses transtornos mentais, como são chamados pelos especialistas em saúde, afetam diretamente o processo de ensino e aprendizagem.
Por isso, é preciso que gestores e professores estejam atentos aos sinais que os estudantes podem apresentar.
Mudança no comportamento, notas baixas e preferência por ficar sozinho, são alguns dos sintomas de que essa criança e/ou adolescente precisa de um cuidado redobrado.
Como a pandemia afetou o aprendizado, é bastante natural que os educadores queiram garantir que todos os alunos assimilem os conteúdos que ficaram defasados para poder avançar nesse processo.
Mas um olhar cuidadoso nessa hora é fundamental. Talvez, seja necessário até mesmo ir um pouco mais devagar e está tudo bem se isso for preciso! Afinal, a sobrecarga de atividades pode piorar ainda mais a saúde mental dos estudantes, que já anda bem abalada.
Algumas pesquisas mostram como a pandemia prejudicou a Educação. Separamos alguns desses dados para ajudar você, gestor, a recuperar o aprendizado do aluno. Confira:
Um estudo da FVG - Fundação Getúlio Vargas mostra que os alunos das séries iniciais foram os mais afetados pela pandemia. Segundo a pesquisa, a taxa de evasão escolar, nesta faixa etária, subiu de 1,41% para 5,51%, entre os últimos trimestres de 2019 e 2020, respectivamente.
A pesquisa “Perda de Aprendizagem na Pandemia”, realizada pelo Instituto Unibanco, mostra que os alunos que terminaram o 2ª ano do Ensino Médio, em 2020, começaram o ano seguinte com o conhecimento em Matemática 10 pontos abaixo do esperado.
Em Língua Portuguesa, a estimativa da defasagem é de 9 pontos. Para se ter uma ideia, os especialistas afirmam que um estudante aprende durante todo o Ensino Médio, em média, 20 pontos em Língua Portuguesa e 15 em Matemática.