Usamos cookies para personalizar e melhorar a sua experiência.
Para saber mais, consulte a nossa Política de cookies.

Fechar

Está curtindo o conteúdo?

O Boletim isaac entrega semanalmente, na sua caixa de entrada, mais materiais como esse.
Inscreva-se aquiNão quero me inscrever.
Gestão

Saúde mental do professor: como você e a escola podem ajudar

O psicólogo Rodney Costa destaca a importância do acolhimento aos educadores e como promover um ambiente de trabalho que favoreça a saúde mental

Publicado em
13/10/2023
06min
💡 Dica: se a palavra estiver azul, ela é clicável e te leva ao link com mais detalhes!

Ser professor é uma das profissões mais nobres e desafiadoras que existem. No entanto, essa carreira também pode ser extremamente desgastante, impactando significativamente a saúde mental dos educadores. 

Neste artigo, vamos explorar a importância do acolhimento aos professores, os desafios que eles enfrentam e como promover um ambiente de trabalho que favoreça a saúde mental, com insights valiosos do psicólogo e professor da Universidade do Vale do Paraíba (Univap), Rodney Costa.

Desafio da saúde mental dos professores

Em 2018, o Departamento de Perícia Médica do Estado de São Paulo registrou um número alarmante: 53.162 licenças concedidas a professores da rede pública de ensino devido a problemas de saúde mental. 

O número representa 40% do total de afastamentos de professores do trabalho naquele ano. Infelizmente, a percepção geral é de que a situação só regrediu desde então.

Rodney Costa, psicólogo e professor da Univap, liderou uma pesquisa em colaboração com a Universidade de São Paulo (USP) para investigar a incidência de ansiedade, depressão e estresse entre os educadores professores após o período de pandemia da Covid-19. 

Embora os dados ainda estejam sendo analisados, a hipótese é de que houve um aumento significativo nesses problemas de saúde mental.

9 fatores prejudiciais ao bem-estar dos educadores 

1. Sobrecarga de trabalho: Professores muitas vezes enfrentam uma carga horária extensa e demandas significativas de planejamento e correção. 

2. Falta de autonomia: A falta de controle sobre as decisões relacionadas ao ensino pode ser desgastante. É importante que os professores possam atuar para além das salas de aula, contribuindo para tomadas de decisão que envolvem todo o ambiente escolar. 

3. Ordens conflitantes: Receber instruções contraditórias ou confusas pode criar estresse. Por isso, é indispensável manter o diálogo aberto para novas mudanças e adaptações. 

4. Dificuldade no gerenciamento de pessoas: Lidar com alunos problemáticos ou pais insatisfeitos pode ser desafiador. E nesse caso, a conversa é sempre o melhor caminho. Reuniões constantes com pais e responsáveis é uma das alternativas para minimizar e resolver possíveis impasses.

5. Não valorização social do trabalho: Professores frequentemente não recebem o reconhecimento que merecem. Para reverter esse cenário, é dever das instituições trazer avaliações de desempenho e programas para valorização do corpo docente.

6. Medo de demissões em massa: A insegurança no emprego pode criar ansiedade. Por isso, criar fóruns para orientações e dúvidas é um dos caminhos para amenizar preocupações e aflições. Além de reforçar a transparência da instituição de ensino. 

7. Precariedade do espaço físico: Ambientes de trabalho inadequados podem afetar negativamente o estado mental. 

8. Cobrança incessante por resultados: A pressão por melhorias constantes no desempenho pode ser opressiva. É essencial manter as expectativas alinhadas entre professor e escola. 

9. Violência no ambiente de trabalho: Professores podem ser vítimas de violência física, verbal ou emocional no trabalho.

Esgotamento mental dos docentes

O esgotamento mental, ou burnout, é um risco real para os professores. Isso ocorre quando a capacidade psíquica se esgota devido à adaptação contínua às demandas do trabalho. 

Os sintomas incluem alterações nas funções mentais - como problema de memória, de controle de impulso ou instabilidade emocional, por exemplo -, diminuição da capacidade de encontrar melhores estratégias para o enfrentamento de desafios e situações de estresse e surgimento ou potencialização de transtornos mentais.

Esses sintomas causam transtornos na vida da pessoa tanto no seu convívio pessoal quanto no profissional.

“Alterações no comportamento e nas habilidades mentais devido, muitas vezes, ao cansaço são comuns no dia-a-dia. Porém quando elas ocorrem de forma recorrente, gerando sofrimento intenso ou deixando o indivíduo disfuncional em algum campo significativo de sua vida (trabalho, família, relacionamento íntimo, social etc.) é importante buscar ajuda médica e psicológica, até para descartar problemas clínicos”, alerta o psicólogo.

De acordo com o especialista, cada pessoa pode apresentar problemas diferentes. Porém, os mais comuns são fadiga, irritabilidade, aumento ou diminuição do sono e/ou apetite, oscilação de humor, dificuldade de concentração, sintomas gástricos, desânimo, perda de prazer nas coisas que gostava, preocupação em excesso quase todos os dias e taquicardia.

“A preocupação deve ser aumentada quanto maior o número e a intensidade dos sintomas”.

Como promover a saúde mental dos professores

Rodney Costa enfatiza a importância de reconhecer que todos estão sujeitos a problemas de saúde mental. Ele recomenda a busca por equilíbrio entre as demandas da vida e a promoção do bem-estar por meio de atividades de lazer, interações sociais de qualidade, alimentação equilibrada e exercícios físicos. 

Além disso, destaca que o acompanhamento psicológico não deve ser visto apenas como um recurso em momentos de crise, mas também como uma ferramenta de prevenção.

Leia o artigo: Como falar sobre Setembro Amarelo nas escolas?

Cuidar de quem cuida

A conscientização sobre a saúde mental dos professores é essencial. As escolas e instituições educacionais devem promover um ambiente de apoio e incentivar abertamente a busca por ajuda quando necessário. Os gestores escolares desempenham um papel importante na criação de um ambiente de trabalho saudável para os professores.

Dicas de autocuidado 

1. Definir limites: Estabeleça limites claros entre o trabalho e a vida pessoal. Reserve tempo para relaxar e recarregar; 

2. Buscar apoio: Não hesite em procurar apoio de colegas, amigos, familiares ou um profissional de saúde mental;

3. Praticar a resiliência: Desenvolver habilidades de resiliência pode ajudar a lidar com o estresse. Isso inclui técnicas de relaxamento e meditação; 

4. Conectar-se com os alunos: Construir relacionamentos positivos com os alunos pode tornar a experiência de ensino mais gratificante.

Leia o artigo: Como a escola pode auxiliar a saúde mental dos alunos

Saiba como as soluções do isaac podem te ajudar

Com a gestão financeira inteiramente sob a responsabilidade do isaac, a maior plataforma de soluções financeiras feita para escolas, diretores e gestores escolares podem direcionar seus esforços para questões pedagógicas e para o bem-estar de alunos e professores. 

Isso cria um ambiente escolar mais propício ao crescimento e ao desenvolvimento de todos os envolvidos. Clique aqui  e encontre a solução ideal para a sua instituição de ensino! 

O que você achou desse conteúdo?
Mensalidades em dia, o ano todo, sem dor de cabeça
Quero o isaac na minha escola
Gostou do conteúdo? Compartilhe:
Não se preocupe, você pode deixar de receber essas comunicações quando quiser. Para mais informações, acesse nossa Política de Privacidade.
Pronto! Agora você vai receber os conteúdos do isaac.
Oops! Preencha corretamente.