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Pedagógico

Como falar sobre Setembro Amarelo nas escolas?

Setembro Amarelo: apesar de o tema ser delicado e desafiador, é de extrema importância que as crianças saibam que podem contar com ajuda no ambiente escolar

Publicado em
6/9/2023
06 min
💡 Dica: se a palavra estiver azul, ela é clicável e te leva ao link com mais detalhes!

Sintomas como desânimo, falta de vontade de realizar atividades rotineiras, tristeza, vontade de chorar e sentimentos ruins em relação a si mesmo são um sinal de que algo não vai bem. 

Se passar por esse tipo de situação é difícil para os adultos, quando o assunto são as crianças e os adolescentes, o tema se torna ainda mais delicado. 

As fases da infância e da adolescência são desafiadoras. Nesses períodos, os problemas podem parecer ainda maiores e nem sempre os jovens têm os seus sentimentos validados.

Setembro Amarelo 

O mês de setembro é uma ótima oportunidade para tocar nesse assunto: o Setembro Amarelo surge como uma possibilidade de abordar o tema da saúde mental de forma natural. 

Os alunos provavelmente já terão visto as emblemáticas faixinhas amarelas por aí e poderão estar até curiosos sobre o que se tratam as ações que deixam amarelos diversos espaços públicos.

O Setembro Amarelo, no fim das contas, surgiu justamente com esse propósito: aproveitar o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, que acontece no dia 10 de setembro, para chamar a atenção para o tema, com campanhas desenvolvidas para que as pessoas não tenham receio de pedir ajuda.

Dados de saúde mental: o impacto da depressão é maior entre os jovens 

Mas o tema da saúde mental nessa faixa etária é assunto sério. De acordo com dados da Organização Pan-Americana da Saúde - OPAS, no primeiro ano da pandemia de Covid-19, a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou em 25%

E uma das fatias da população mais afetada por esse aumento de transtornos mentais é justamente a dos jovens. Isso porque, ainda de acordo com a organização, eles correm um risco muito maior de apresentar comportamentos suicidas e de automutilação.

Por conta disso, é preciso prestar atenção aos alunos, tentar identificar quando há algum sofrimento psíquico e mais: trazer à tona a conversa sobre saúde mental, fazendo com que o tema deixe de ser um tabu e que as crianças e adolescentes se sintam seguros para pedir ajuda.

Como conversar com crianças e adolescentes sobre saúde mental

Durante todo o ano, mas principalmente neste mês, é fundamental aproveitar a campanha para conversar com os jovens sobre o assunto. Aqui vão algumas dicas para abordar o tema:

1 - Naturalize o tema da saúde mental

Apesar de ter sido muito falado, durante o período da pandemia, a saúde mental ainda é um assunto tabu na sociedade. E a melhor maneira de naturalizar o tema é falar sobre ele. 

Assim, para começar a campanha na sua escola de forma eficaz, use e abuse da divulgação do Setembro Amarelo. Faça isso de forma lúdica: espalhando as fitinhas amarelas e até mesmo criando atividades com elas. 

Ao trazer os alunos para perto do tema, será mais fácil abordar o assunto, por mais delicado que ele seja.

2 - Ensine os alunos a identificar sintomas de ansiedade e depressão

A escola, além de preparar os alunos para o vestibular e para virem a ser profissionais formados, tem também a missão de preparar as crianças e os adolescentes para suas vidas adultas.

O impacto social da escola é enorme na vida de qualquer pessoa. Infelizmente, as questões relacionadas à saúde mental estão cada vez mais vigentes na sociedade. E por isso mesmo precisam ser abordadas em ambiente escolar.

Ensine os alunos a identificar esses sintomas em si e em seus amigos, colegas e familiares. Além de tirar um peso das costas de quem está se sentindo mal e não entende o porquê, esse tipo de esclarecimento pode salvar vidas.

3 - Mantenha um canal aberto e de acolhimento para todos os alunos

Depois de mostrar quais são os sentimentos e sintomas de depressão, ansiedade e outros transtornos que acometem a saúde mental, garanta aos alunos de sua escola que eles não estão sozinhos.

Lembre-se: a escola é o lugar onde as crianças passam muitas vezes a maior parte (ou ao menos boa parte) de seu tempo. E nem sempre sabemos como o acolhimento acontece em outros ambientes frequentados por elas.

Assim, ser um canal de acolhimento e ajuda pode ser de extrema importância para quem está vivendo em sofrimento.

4 - Fale com os pais sobre saúde mental

Engajar toda a família para falar sobre o tema, oferecer e procurar ajuda, quando preciso, é o próximo e crucial passo para garantir o bem-estar socioemocional das crianças e adolescentes.

Dar esse passo é também colocar o pezinho para fora das paredes da escola e passar a impactar de forma direta a sociedade em seu entorno. 

Sem contar que oferecer essa espécie de letramento para pais, familiares e responsáveis pelos alunos é também uma maneira de fazer com que as crianças e adolescentes tenham a oportunidade de se abrir e buscar ajuda em mais lugares.

5 - Qualidade de vida e melhor desempenho nos estudos

Quando uma criança – ou adolescente – se sente amparada, ela passa também a ter mais confiança em si. Esse movimento é refletido diretamente no desempenho escolar, nas relações interpessoais  e na qualidade de vida desse jovem.

Quando a escola é o local em que tanto os alunos quanto os pais podem buscar acolhimento, isso também se reflete na retenção de mais alunos dentro das salas de aula e no bom relacionamento da escola com as pessoas que ali frequentam.

O Setembro Amarelo é um importante mês de conscientização sobre a saúde mental, prevenção ao suicídio e a busca por ajuda. Mas é essencial que a escola seja um ambiente de confiança, respeito e acolhimento todos os meses do ano.

A saúde mental das crianças e adolescentes precisa ser preservada e cuidada. E  as instituições escolares têm papel importantíssimo nessa missão. 

 

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