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Pedagógico

Como avaliar o aluno do século 21?

Para o educador Cipriano Carlos Luckesi, é preciso que a avaliação ajude na tomada de decisões sobre o conteúdo não aprendido ao invés de focar apenas nas notas

Publicado em
5/8/2022
09 min
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Decorar os conteúdos e conseguir uma boa nota era a rotina da maioria dos alunos na véspera das provas, não é mesmo?

Além do medo que, infelizmente, era gerado nos estudantes com a possibilidade de reprovação, especialistas afirmam que a “decoreba” não contribui com o processo de ensino e aprendizagem, já que as informações ficam armazenadas vagamente no cérebro e por um tempo muito curto, sendo facilmente esquecidas.

E para transformar este cenário, Cipriano Carlos Luckesi, Educador e referência nacional em avaliação de aprendizagem, afirma que os métodos de avaliação na escola precisam ser revistos.

Segundo o especialista, não se deve mais avaliar um aluno da mesma maneira como era realizado há algumas décadas, pois não trará resultado satisfatório, nem para a instituição de ensino, e nem para o estudante.

Mas, então, como avaliar o aluno do século 21? Essa foi a questão que o educador respondeu em uma edição on-line do maior congresso de inovação e crescimento escolar do país, o Conecta Escolas Exponenciais, durante a palestra Formas alternativas (e eficientes) de avaliar o aprendizado.

Com base nas informações compartilhadas pelo profissional, confira o conteúdo que preparamos para ajudar você, gestor, a encontrar formas positivas para estimular esse processo educacional na sua escola.

 

Quais os principais métodos de avaliação na escola?

Para Cipriano Carlos Luckesi, a avaliação precisa ter como objetivo verificar quanto do conteúdo foi absorvido pela turma, se as informações foram transmitidas de maneira adequada e efetiva e, ainda, servem até mesmo para detectar possíveis deficiências no aprendizado.

“Avaliação é o ato de investigar a qualidade da realidade”, afirma o educador. Sendo assim, se aplicadas positivamente, elas são um importante instrumento educacional, que contribuem para o desenvolvimento pedagógico da escola, auxiliando na garantia da qualidade de ensino.

Porém, os métodos de avaliação da instituição não estão agradando boa parte dos estudantes, que ainda carregam os efeitos negativos das provas tradicionais, que transformaram esses momentos em algo ruim.

Assustados com as metodologias anteriores, não é difícil encontrar crianças e adolescentes que se sentem acuados e desmotivados quando vão passar por algum teste avaliativo, o que acaba dificultando até mesmo o trabalho do professor em sala de aula.

Diante desse cenário desafiador, Luckesi acredita que o primeiro passo para entender e contornar essa situação de um jeito mais eficiente e atualizado, é compreender a avaliação como uma parceira.

“Todos os educadores precisam compreender a avaliação como aquela que nos revela a qualidade da realidade através de uma investigação, para então tomar uma decisão”, pontua.

Neste sentido, o especialista acrescenta que o teste escolar traz inúmeras oportunidades para a instituição de ensino, mas que para isso precisa ser utilizada com o intuito de conseguir encontrar novas decisões.

Por exemplo: a partir de uma prova, ao perceber um conteúdo que não foi bem compreendido por um aluno ou uma determinada turma, é necessário enxergar novas alternativas para lidar com essa situação e não apenas atribuir uma nota ruim.

Em equipe, coordenação pedagógica e o docente responsável pela disciplina podem investigar e analisar quais as melhores soluções.

Insistir no assunto em que o estudante ou a sala apresentou dificuldade, ensinando novamente, mas de outras maneiras, pode ser uma estratégia para ser adotada e, então, conseguir fazer com que o educando absorva o conhecimento.

Abandonar a velha prática de aplicar exames apenas para gerar uma nota, pode ser o melhor caminho para começar a encontrar novas possibilidades e outras formas mais eficientes em como avaliar o estudante de hoje em dia.

Segundo Luckesi, os conceitos de classificação, aprovação e reprovação não devem mais fazer parte da rotina pedagógica. O novo olhar para a educação positiva, e que estimule os alunos, precisa realmente enxergar a avaliação como uma colaboradora.

Saiba como avaliar o aluno

O primeiro passo para avaliar o aluno do século 21 é preparar uma prova da aprendizagem utilizando uma linguagem bastante compreensível.

É importante que as questões e todo o conteúdo sejam escritos de maneira simples. O ideal é que, ao ler, o estudante compreenda o que está sendo solicitado e não sinta a necessidade de pedir ajuda durante a atividade.

Lembre-se que a avaliação é rica para a coleta de dados. E para que isso realmente funcione e traga bons resultados, o exame precisa ser compatível com aquilo que é ensinado. As perguntas precisam ser coerentes para com aquilo que é apreendido pelos alunos.

“A linguagem, a dificuldade, a expressão utilizada no ensino e no teste devem ser compatíveis”, afirma Luckesi.

Outra dica do educador é evitar perguntas genéricas, uma vez que elas permitem que o estudante não seja preciso nas respostas. E, dessa forma, muitas vezes não atinge a expectativa do docente.

Depois, é hora de partir para a investigação avaliativa, com base nos conteúdos mais essenciais e primordiais que foram trabalhados em sala de aula, para analisar o que ou não assimilado pelos alunos.

Melhores práticas de avaliação dos alunos

Agora que você já sabe como avaliar o estudante de hoje em dia, é fundamental compreender as melhores práticas após ter os resultados em mãos.

Depois de recolher as provas realizadas pelos alunos, uma dica interessante é criar uma espécie de “mapa” para identificar quantos deles demonstram ter assimilado todo o conteúdo; quantos apresentaram mais dificuldade; e, ainda, quantos não entenderam o que foi abordado em sala de aula.

Estabelecer essa prática auxilia a entender quem são, e quantos são, os estudantes que precisam ser reorientados para que possam também conquistar essa aprendizagem.

Para os professores, implementar essa sugestão auxilia na identificação das lacunas que existem dentro da sala de aula e, assim, facilita para os educadores inovarem e criarem estratégias para que aqueles alunos que ainda não conseguiram aprender, também tenham novamente a oportunidade de adquirir esse conhecimento.

isaac indica

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