A Inteligência Artificial já é uma aliada de alunos, professores e gestores, mas seu uso exige cuidados para garantir os melhores benefícios da solução.
A tecnologia tem sido uma grande aliada da educação há muitas décadas, impulsionando o aprendizado e a gestão escolar com soluções inovadoras.
A Inteligência artificial e a tecnologia aplicada na educação vêm promovendo avanços significativos, com ferramentas como softwares personalizados, realidade virtual e aumentada, projetores inteligentes, atividades gamificadas, videoaulas e webinares já fazem parte da rotina de alunos e professores.
Além disso, os gestores e as equipes administrativas se utilizam de computadores e aplicativos, realizam os registros contábeis em planilhas na nuvem e utilizam as redes sociais para compartilhar informações com a comunidade escolar.
Agora, esse cenário está passando por uma transformação ainda mais profunda com a chegada da Inteligência Artificial (IA), especialmente a IA Generativa (GenIA). Essa inovação está redefinindo tanto o ensino em sala de aula quanto a administração escolar – e não há caminho de volta.
A transformação digital em andamento leva a inovação para o setor educacional e permite levar novas soluções para uma experiência de ensino mais personalizada e para práticas de gestão, inclusive financeira, mais ágeis e assertivas.
Além disso, a IA também está moldando tendências importantes no setor, como a personalização do aprendizado e o aprimoramento da gestão educacional.
De acordo com estimativas da consultoria Grand View Research, o mercado global de IA em educação deverá disparar até o fim da década, partindo de US$5,88 bilhões em 2024 e alcançando uma taxa anual de crescimento composto de 31,2% até 2030. Vai valer, então, US$32,37 bilhões.
A análise da empresa aponta que a integração da IA no setor educacional é impulsionada pela mudança para plataformas de e-learning e se utiliza dos avanços no Processamento de Linguagem Natural (PLN) e na visão computacional para entregar conteúdos adaptáveis e personalizados.
Além disso, aponta a consultoria, instituições educacionais estão utilizando análises baseadas em Inteligência Artificial para monitorar o desempenho dos alunos, prever taxas de evasão e projetar estratégias de intervenção para alunos em risco, assim como apoiar uma série de decisões na gestão administrativa e financeira.
Para aprender a usar ao máximo os recursos da ferramenta, é importante entender de onde ela veio.
Como explicou Eric Sato, gerente executivo de inteligência artificial no isaac, em uma aula online sobre o tema, o desenvolvimento da IA seguiu cinco principais passos até o momento.
Foi nesta época que surgiram os fundamentos iniciais da computação e da cibernética. Até então, o sonho milenar de criar máquinas completamente autônomas habitava exclusivamente o terreno da ficção científica e da matemática teórica.
A tecnologia avançou rapidamente, com o desenvolvimento de sistemas simbólicos e o início da criação de redes neurais. Parecia que a IA iria entrar para a vida das pessoas comuns a qualquer momento – o que não aconteceu.
Os anos foram passando e as limitações da tecnologia se tornaram mais claras. Os investimentos governamentais e empresariais acabaram sendo drasticamente reduzidos. Foi o período conhecido como “inverno da IA”.
Inovações em redes neurais levaram a aplicações concretas de aprendizado de máquina. O fato de a tecnologia se mostrar, finalmente, muito útil para diferentes setores da economia impulsionou uma nova fase de desenvolvimento.
Com a revolução do deep learning, a tecnologia alcançou uma enorme expansão dentro das empresas e dos governos. Até que, com a chegada da GenIA, finalmente a tecnologia se tornou também acessível às pessoas comuns.
Em outras palavras, a IA tem mais de 70 anos de história, mas foi com os avanços da última década que os casos de uso dispararam.
A tecnologia tem como principal missão prever a próxima palavra, ou som, ou imagem, com base na análise de um grande volume de informações. Ao solucionar esta demanda, aparentemente tão simples, consegue resolver uma ampla gama de tarefas.
Desta forma, os professores agora poderão focar seus esforços em atividades que agregam mais valor, enquanto o operacional, como a correção de provas e de redações, pode ser parcialmente delegado para a tecnologia.
Como informou Mariana Penido, vice-presidente de produto, engenharia e dados na Arcotech, na aula oferecida pelo isaac, atualmente, o grau de acerto está na casa dos 90%, e apenas nos demais 10% dos casos os professores discordam da avaliação automatizada a respeito das respostas produzidas por escrito.
Enquanto os professores se liberam de tarefas repetitivas, os alunos poderão contar com uma atenção mais qualificada e personalizada, já que a tecnologia também pode apoiar os docentes na busca pela abordagem mais adequada para cada caso.
Da mesma forma, a IA já apoia os gestores ao reduzir a carga de tarefas redundantes, de forma que o tempo pode ser mais bem aproveitado com atividades estratégicas – inclusive baseadas em dados de maior qualidade, já que a tecnologia pode estabelecer comparações e apoiar insights com grande agilidade e precisão.
Assim, a capacidade de planejamento tende a melhorar, com benefícios diretos para o crescimento da instituição de ensino, seja com investimentos em novas instalações, seja em reforma dos espaços atuais ou no foco em estratégias de atração e retenção de estudantes.
Por outro lado, no estágio atual de desenvolvimento, a IA e a GenIA demandam alguns cuidados. Utilizar a ferramenta de forma indiscriminada, sem senso crítico e um trabalho de curadoria dos dados, pode gerar problemas, tanto em sala de aula, com a apresentação de conteúdos incorretos ou descontextualizados, quanto na rotina administrativa.
Para evitar estas dificuldades, é bom entender como a ferramenta funciona. E, eventualmente, contar com parceiros especializados em diferentes aspectos da gestão – eles tendem a estar habilitados para entregar o melhor desempenho possível, levando em conta as limitações da tecnologia.
O fato é que competências como letramento digital, pensamento crítico e capacidade de atuar em grupo e com empresas terceiras, se tornam ainda mais relevantes no novo cenário.
Maior plataforma de soluções financeiras para instituições de ensino, com mais de 2 mil escolas parceiras e em um momento de expansão das soluções para as instituições privadas de ensino superior, o isaac investe em tecnologia de pagamentos e em inteligência preditiva, que proporciona uma performance de recebimentos que se tornou referência no mercado.
Assim, mantém as famílias próximas das escolas parceiras, durante todo o ano, com base em uma abordagem personalizada, que ajuda a evitar o acúmulo de dívidas.
Um modelo de ciência de dados é utilizado para prever quem tende a ficar inadimplente. Estas informações são utilizadas para realizar campanhas de negociação ao longo de todo o ano.
O resultado se traduz em números: 98% de satisfação das famílias com o atendimento para assuntos financeiros e, em média, 30% a menos de responsáveis com pendências no momento da rematrícula.