O sistema Braille surgiu como forma de inclusão no século XIX; saiba como utilizar esse e outros métodos para oferecer uma educação acessível a todos
Para qualquer criança, em qualquer idioma, o momento de aprender a ler e escrever é um verdadeiro marco! No dia 4 de dezembro, é comemorada uma invenção que tornou possível essa etapa tão importante também para pessoas com deficiência visual, o sistema Braille.
O Dia Mundial do Braille homenageia Louis Braille, o inventor desse sistema, no século XIX. O Braille é composto por símbolos táteis representados por pontos em relevo e que permite a leitura por meio do toque e que causou uma revolução no aprendizado.
A data é a mesma do aniversário do inventor, mas a iniciativa da comemoração surgiu em 2019, na Assembleia Geral das Nações Unidas, que destacou a importância do sistema Braille como meio eficaz de comunicação, educação e inclusão para pessoas cegas ou com deficiência visual.
O Braille é um sistema utilizado no mundo todo. Embora nem todas as pessoas com deficiência visual façam uso desse método – algumas dependem da tecnologia, que permite, atualmente, opções como leituras de tela e áudio em voz e outras possibilidades –, ele foi um precursor da inclusão.
Por meio desse sistema, as pessoas com deficiência visual puderam ter acesso a atividades culturais e sociais, à literatura, documentos públicos de informações relevantes e, muito importante: à educação.
Saber ler, escrever, e, portanto, decifrar o mundo à sua volta é uma forma de oferecer autonomia e confiança para pessoas com deficiência visual. E essa inclusão pode (e deve) começar desde cedo.
Na educação, o Braille desempenha um papel fundamental. Ele é utilizado desde a alfabetização das crianças, que podem aprender em pé de igualdade por meio de materiais educacionais, como livros didáticos, que são transcritos para Braille.
O sistema, então, garante acesso ao mesmo conteúdo apresentado a crianças sem deficiência visual. Provas e demais avaliações também podem ser aplicadas via sistema Braille.
Para se ter ideia da dimensão do impacto de um sistema como o Braille, hoje, só no Brasil, a estimativa é que cerca de 1,6 milhão de crianças tenham algum tipo de deficiência visual – ou seja, a quantidade de estudantes que ficariam fora do sistema educacional caso não houvesse possibilidade de acessibilidade e inclusão.
É claro que a inclusão vai muito além do material didático e de um corpo docente apto a ensinar de diferentes formas. A acessibilidade em salas de aula inclusivas é promovida com a adaptação de todos os tipos de materiais em Braille.
Para as crianças pequenas, por exemplo: sabe o espaço de colocar as mochilas – seja em ganchinhos, nichos ou armários? Precisam estar em Braille para que todas as crianças possam identificar seus espaços designados.
Portas de banheiros, indicando masculino ou feminino; portas de acesso a ambientes como refeitório ou secretaria; planos de aula; programação do ano letivo e toda a sinalização que é feita para crianças sem deficiência visual deve ser feita também para quem lê com o tato.
Tornar a sua escola mais inclusiva significa adotar uma abordagem abrangente que envolva toda a comunidade escolar. Esse processo, inclusive, deve começar de forma subjetiva: promovendo uma cultura de aceitação e respeito, ampla divulgação de informação sobre o tema e incentivo à diversidade em todos os seus aspectos, envolvendo alunos, professores e funcionários.
É muito importante também considerar a segurança dos espaços físicos, com a implementação, por exemplo, de pisos táteis direcionais, para garantir a autonomia dos estudantes em todo o ambiente, tendo a experiência escolar em sua totalidade.
Certifique-se de que as necessidades específicas de alunos com deficiências visuais sejam atendidas e invista em treinamento para que o corpo de funcionários seja capaz de atendê-las.
Além do Braille em si, é importante também pensar em outras estratégias pedagógicas que atendam à diversidade, como o uso de tecnologia assistiva e materiais adaptados, cada vez mais diferenciados, que podem beneficiar o aprendizado.
Aplicativos, ferramentas e até mesmo computadores são, hoje, os grandes aliados das pessoas com deficiência visual e seu contato com o mundo. Por que não utilizar esses mesmos dispositivos com o propósito de ensinar – e de preparar as crianças para encarar a sociedade, que nem sempre será inclusiva?
Não adianta, porém, ter todas as ferramentas e conhecimento em mãos, mas esquecer de criar um ambiente acolhedor para todas as crianças. Portanto, faça campanhas de conscientização anti-bullying e pró-respeito, para que as crianças saibam abraçar a diversidade de verdade.
E, como sempre, manter uma boa comunicação entre pais, responsáveis e a escola é fundamental para que essa relação dê certo. Envolva todas as famílias também no processo de inclusão, para que façam parte dessa importante transformação.
Como visto, pensar em inclusão não é uma tarefa fácil e fazer as mudanças necessárias para se tornar uma escola verdadeiramente inclusiva também envolve planejamento financeiro e gastos.
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A plataforma garante previsibilidade financeira – o que resolve a questão do planejamento que é preciso ser feito para investir em melhorias – e ajuda de forma prática na gestão operacional da instituição.
Além disso, o isaac também facilita a comunicação com pais e responsáveis na hora das cobranças e até mesmo em caso de dúvidas, com equipes dedicadas a esse relacionamento, deixando com a escola a parte boa do trato com as famílias.
Com todos esses benefícios, o que se destaca é o tempo que gestores, diretores e coordenadores ganham para poder pensar estrategicamente nas melhorias, na expansão e na didática de ensino da escola.
É a solução perfeita para colocar em prática todos os planos e sonhos, que certamente reverberarão nos próprios alunos, famílias e na sociedade na qual a escola está inserida.
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