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Gestão

Liderança escolar: quais as diferenças entre os cargos?

Gestor, diretor, mantenedor e até empresário é tudo a mesma coisa? Quais as atribuições de cada profissional e como eles podem melhorar a Educação

Publicado em
21/12/2022
💡 Dica: se a palavra estiver azul, ela é clicável e te leva ao link com mais detalhes!

Imagine a escola como um organismo vivo, assim como o corpo humano. Cabeça, cérebro, membros e órgãos complexos. Sistemas para digerir, bombear, oxigenar, limpar, perpetuar, renovar, mover. Tudo funcionando na mais perfeita harmonia. Se um falhar, todos sofrem.

Porém, na estrutura biológica de uma mulher ou homem, há um grupo sistêmico que age coordenando todos os demais. Se este entrar em pane é mais difícil consertar o problema. Na gestão escolar também é assim: sem bons diretores, gestores e mantenedores é muito difícil que a sistêmica da instituição esteja sã. 

Mas afinal, o que faz cada um desses profissionais? Qual o perfil da liderança escolar? O isaac conta para você!

Retrato da liderança

Em aspectos gerais, o perfil médio dos cargos de liderança da Educação no Brasil pode ser conhecido através do Censo Escolar, promovido anualmente pelo INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. A pesquisa mais recente, de 2021, aponta que dos quase 163 mil diretores escolares brasileiros, 80,7% são mulheres. 

89,5% dos gestores têm curso superior, sendo Pedagogia a graduação habitual, porém apenas um em cada dez diretores possui curso de formação continuada com, no mínimo, 80 horas em gestão escolar. E, para chegar ao cargo, há maneiras várias que vão de processo seletivo e/ou concurso público à indicação de um colegiado ou por iniciativa política.

Gestor-diretor

Bem, você deve ter percebido que os termos diretor e gestor se fundiram nesse texto. As duas palavras podem ser usadas para nos referirmos aos líderes educacionais, sendo “gestor” uma forma mais atual e global, alinhada com a usada pelo mercado financeiro e empreendedor. 

Alguns estudiosos defendem que o cargo de direção é mais centralizador, frente a uma escola historicamente estabelecida a partir de uma estrutura hierárquica verticalizada e rígida. Hoje, o gestor tende a ver o ambiente escolar como um cenário complexo e participar de modo ativo dele. Com mais apoio do conselho, faz o papel de articulador, propondo ideias para a melhoria do contexto educacional e do aprendizado.

A gente sabe: tarefas burocráticas e questões pedagógicas andam lado a lado na rotina de um gestor escolar. Idealmente, o tempo entre as gestões pedagógica, administrativa e comunitária deveria ser distribuído de maneira equilibrada, mas nem sempre é possível. E parte desta bronca vai além do que o profissional pode fazer por si só, entra na conta de um possível modelo engessado de ensino e, muitas vezes, está atrelado à falta ou à má gestão de recursos.

Veja, a última pesquisa de fôlego a mapear a rotina do cargo foi realizada pela Fundação Victor Civita, em 2009. À época, a pesquisa ouviu 400 diretores de escolas públicas de todo o Brasil, que afirmaram ter seu tempo muito tomado por ações de ordem administrativa, como a conferência diária da merenda, da limpeza e de materiais e equipamentos, como carteiras e suprimentos escolares. 

Quando o contexto é o do ensino privado, a gente sabe que por haver mais recursos, a realidade não é tão cruel e que há algo mais próximo dos segredos do sucesso de gestão revelados pelo estudo. Todavia, a tarefa mantém o status de desafio. Afinal, a pesquisa feita em parceria com a Fundação Getúlio Vargas e o Ibope (hoje Kantar Ibope Media) apontava que os pilares para a gestão eficaz das escolas eram (e ainda são!): 

  • a boa formação dos gestores; 
  • a capacidade de integrar todas as áreas de atuação no cotidiano da instituição; 
  • a atenção dedicada às metas de aprendizagem, medidas por avaliações externas;
  • a habilidade de criar um clima positivo de trabalho na escola.

Bê-a-bá da gestão

Mais que gerir questões de ordem burocrática – seja administrativa ou financeira – o gestor precisa elaborar e pôr em prática, juntamente com a coordenação, os professores, funcionários, as famílias e alunos o Projeto Político Pedagógico de cada escola. 

É papel da gestão escolar orientar e facilitar a elaboração do currículo, acompanhar o desempenho dos estudantes e reorientar a rota quando necessário, baseando-se em acertos e erros. Com a comunidade de forma ampla, a gestão precisa manter um diálogo para ampliar o alcance do aprendizado. 

Bem sobrou tempo para algo? É, mas há mais a fazer: uma parcela de trabalho importante que é o gerenciamento de recursos. Tal trabalho concilia as necessidades pedagógicas, estruturais, de aprimoramentos pessoal e material. Como é uma tarefa hercúlea, aqui entra o nosso terceiro personagem: o mantenedor.

Mas de onde vem esse recurso e como usá-lo?

Em muitos casos, é o mantenedor que garante o funcionamento de uma escola, disponibilizando recursos – que podem ou não se financeiros -, para o fomento da infraestrutura, da manutenção e do desenvolvimento da pedagogia aplicada. Esse dinheiro pode vir por meio de patrocínio ou incentivos, bem como da cobrança de mensalidades e será usado segundo a decisão da gestão ampla: desde a manutenção física de uma unidade de ensino até a remuneração profissional.

Parte das vezes, um mantenedor pode ser um empresário, mas num grande número de casos, as pessoas físicas e (muitas vezes) jurídicas que cumprem esta função o fazem como quem persegue um ideal. Dessa forma, o fomento e a busca por estabilidade fiscal tendem a ir além do lucro. Sua responsabilidade frente ao poder público também difere da de um empresário. 

Como há um investimento imaterial e para o bem comunitário, há regras específicas, por exemplo, para a renúncia ou alterações de comando de uma instituição. Elas devem ser feitas de forma oficial e passar por aprovação de órgãos reguladores, como as Secretarias Estaduais de Educação.  

Gestão financeira

O mantenedor faz a gestão financeira. É este profissional que gerencia questões como a inadimplência escolar, mantém ativo o capital de giro, faz cobranças, atendimentos, negociações e renegociações. E esta esfera teve grande impacto do período pandêmico: o aumento da demanda por renegociações foi alto durante a fase mais dura da pandemia e deve se manter por algum tempo.  

De acordo com a CNC - Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, o percentual de famílias endividadas no Brasil subiu de 67,5% em abril de 2021, para 77,7%, em abril deste ano. A projeção é de que este montante persista. Esse cenário impacta diretamente no setor educacional, desde as escolas até as instituições de ensino superior. O efeito da inflação e da inadimplência resvala em algo de suma importância para as escolas a diminuição da capacidade de investir nas áreas pedagógica e/ou estrutural. 

Olhando de forma global, mantenedor e gestor-diretor têm suas funções coligadas para o bom funcionamento institucional e podem ser auxiliados por sistemas de gestão como o oferecido pelo isaac, que atende mais de 190 mil matrículas em todo o Brasil. O foco é oferecer atendimento que gere valor para as famílias e mais tempo de qualidade para que os gestores foquem no que, de fato, importa: educar.

isaac indica

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