Livros, filmes e rodas de conversas são um caminho para promover o respeito e a empatia na sua instituição de ensino. Confira!
O Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, 7 de abril, nos lembra como esse assunto é um desafio que deve ser encarado de frente pelas instituições de ensino. Apesar de ser um desafio, com planejamento e atenção é possível transformar a escola em um espaço seguro e confortável para todos.
É preciso fazer do combate ao bullying uma luta diária, olhando para os estudantes com cuidado, empatia e compreensão para traçar estratégias que promovam uma cultura de respeito.
Pensando nisso, preparamos este artigo com algumas informações sobre o tema. Aqui você encontra dados sobre a realidade do bullying no Brasil, como trabalhar o assunto com os alunos e dicas para criar um ambiente escolar acolhedor. Continue a leitura e confira!
Para combater o bullying e a violência nas escolas, é preciso entender o que esse termo significa e, a partir disso, pensar em estratégias assertivas. Vamos lá!
Segundo a lei 13.185/2015, o bullying pode ser definido como:
“Todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.”
O assunto é tão sério que o Governo Federal instituiu uma data para lembrar a importância de combatê-lo diariamente.
Uma lei sancionada cinco anos após o massacre de Realengo, no Rio de Janeiro, definiu o dia 7 de abril como o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola. Na mesma data, em 2011, 12 estudantes foram mortos e outras 22 pessoas ficaram feridas.
O objetivo da data é chamar a atenção para o assunto, convocando não apenas as instituições de ensino, como toda a sociedade para pensar e colocar em prática medidas de conscientização e prevenção ao bullying no ambiente escolar.
O Brasil tem altos índices de violência na escola, o que nos deixa ainda mais em alerta. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 40% dos estudantes do nível médio afirmaram ter sofrido bullying no ambiente escolar.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE): Análise de indicadores comparáveis dos escolares do 9º ano do ensino fundamental - Municípios das Capitais - 2009/2019, divulgada em 2022.
A pesquisa ainda mostra que as taxas de bullying são mais altas entre as mulheres. Entre as estudantes do sexo feminino, de 13 a 17 anos, a parcela que afirmou sofrer bullying subiu de 28,8 para 45,1% entre 2009 em 2019. No caso do sexo masculino, o número subiu de 32 para 35,4% no mesmo período.
Embora seja um assunto difícil, existem várias formas de abordar o bullying e a violência nas escolas com os alunos. Da literatura às rodas de conversa, confira algumas ideias para conscientizar crianças e adolescentes.
Atualmente, já existe uma série de filmes e livros que abordam o tema do bullying de forma sensível. Escolha uma obra adequada para a idade da turma e promova discussões em sala de aula após a leitura ou sessão de filme.
Converse com os alunos sobre como o bullying aparece no livro ou no filme, as consequências e maneiras de lidar com isso, fazendo um paralelo com a realidade. Aproveite sempre para orientar o que fazer em casos de bullying, sejam os alunos vítimas ou testemunhas.
Organize rodas de conversa onde os alunos possam compartilhar suas experiências e preocupações sobre o tema. Esse é um ótimo momento para falar sobre empatia e respeito às diferenças. A troca de vivências os sensibiliza e contribui para criar um senso de comunidade e apoio.
No caso dos estudantes mais velhos, o professor também pode solicitar uma redação sobre bullying a partir das reflexões da roda de conversa.
Apresentar o tema às crianças mais novas parece um desafio ainda maior, né? Nesse caso, os jogos e atividades lúdicas são um bom caminho para falar sobre bullying de maneira leve, mas ainda assim significativa.
Um bom exemplo é o "Jogo dos Sentimentos", onde os alunos recebem cartões com o nome de emoções escritas (medo, felicidade, raiva, alegria, etc) e são convidados a compartilhar experiências relacionadas a elas.
A ideia é trabalhar a empatia ao ouvir as experiências dos amigos, compreendendo melhor como nossas ações podem fazer as pessoas se sentirem.
Não há dúvidas de que um ambiente escolar saudável promove o aprendizado e, mais do que isso, constrói autoestima e proporciona relações interpessoais positivas. Mas como fazer da escola um espaço saudável e livre do bullying?
Como comentamos acima, é preciso olhar para os estudantes com atenção e cuidado, enxergando-os como indivíduos com particularidades. Por isso, é tão importante manter a comunicação aberta entre toda a comunidade escolar.
Crianças e adolescentes devem se sentir confortáveis para buscar a escola para falar sobre os mais variados assuntos, inclusive denunciar casos de bullying.
Lembre-se que não é preciso esperar uma situação acontecer para falar sobre esse assunto. Também não é necessário deixar a discussão apenas para o Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola.
É preciso abordar o tema de maneira contínua para sempre reforçar o respeito e a empatia. Essa é uma forma de fazer da escola um ambiente seguro e acolhedor, além de deixar os estudantes mais preparados para reconhecer, evitar e combater o bullying.
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